domingo, 16 de outubro de 2011

Reload



Ontem morri!

Desisti!
Deitei-me, não quis saber do resto do mundo. Não quis jantar, nem saber dos cortes orçamentais. Quis morrer!
E morri!

A minha mente abandonou o meu corpo, foi para um sítio qualquer ou para lado nenhum.
As luzes apagaram-se, as vozes calaram-se e eu não me lembro de nada...
Às vezes tenho a sensação, se pensar muito nisso, que o meu coração pára. Basta o meu cérebro conseguir dar essa ordem.

Mas não pensei muito nisso, adormeci antes. Um sono profundo, sem sonhos nem lembranças. Apenas o nada!

Hoje acordei cheia de fome e energia. Nada melhor do que desistir e morrer para depois recomeçar cheia de força.
Já não me dói a cabeça, já não sinto os joelhos nem as pernas. Os meus dedos já voam sobre as teclas e o meu cérebro parece que voltou ao activo.

Por isso, da próxima vez que eu disser que preciso de morrer, deixem-me morrer.
Não falem. Não me chamem nomes. Não tentem, sequer, entender. Deixem-me... apenas, isso. Deixem-me.

Eu volto. Volto sempre.